Estrasburgo, a capital da Alsácia. A cidade de arquitetura alemã e alma francesa é sede do Parlamento Europeu e carrega o título de capital europeia junto com Bruxelas, na Bélgica. O parlamento representa cerca de 500 milhões de cidadãos dos 27 Estados-Membros da União. A sede do órgão, um prédio envidraçado e de formato arredondado, é aberta aos turistas. São organizados passeios para grupos de 15 a 50 pessoas, que têm a oportunidade de assistir a uma sessão plenária e aos debates. O tour é gratuito e, devido à alta procura, recomenda-se agendar a visita com pelo menos dois meses de antecedência (europarl.europa.eu).
Mas o parlamento não é a única coisa a ser fazer por lá. Estrasburgo tem mais de dois mil anos e cada rua e esquina guar-dam um pedacinho de sua história.
O centro antigo é considerado Patrimônio da Humanidade e tem como atração principal a imponente catedral. Erguida em estilo gótico, foram necessários mais de 300 anos para completá-la. As obras começaram em 1166 e só terminaram três séculos depois, em 1439. Com paredes em tons avermelhados e ostentando uma torre de 142 metros, o monumento tem verdadeiras obras de arte em seu interior. A principal delas é o relógio astronômico de 18 metros, criado no século 16. Com um sistema semelhante a um cuco, ele foi idealizado por um time de relojoeiros suíços.
O que mais impressiona é a precisão com que marca os dias, horas, meses e os anos. E mais: diariamente, às 12h30, ele começa uma verdadeira encenação com bonecos, que representam os apóstolos, Cristo, a morte e o homem.
Além da engenhoca, ornam a construção mais de 1500 metros de vitrais e telas com cenas bíblicas, que em tempos remotos serviam para ensinar os preceitos religiosos à população analfabeta. Não dá para falar da catedral da cidade sem citar o apreço que a população tem por seu principal símbolo. Durante a Segunda Guerra Mundial, os moradores, temendo uma invasão alemã, retiraram os vitrais do edifício, acomodaram aspeças em caixas e as esconderam. Parte da cidade foi arrasada pelos bombardeios, mas o templo sobreviveu, com apenas uma parte da cripta danificada. Essa área foi reconstruída pela União Europeia e virou um dos símbolos do Euro.
Outro marco local é a Petite France. Assim como o que ocorre em Colmar, os ares venezianos envolvem a todos, graças aos canais, belas pontes e casas típicas beirando a água. É o lugar mais charmoso da capital – cenário bem diferente de séculos passados, quando o canal era usado pelos curtidores de couro e o cheiro
do material impregnava toda a vizinhança.
Apesar do seu apelo medieval e histórico, Estrasburgo vibra em uma atmosfera jovem e cultural – reflexo dos mais de 60 mil estudantes que frequentam as universidades da capital.
A noite é animada pelos diversos bares, incluindo os weinstubes. Para nunca mais esquecer este lugar, nada como jantar no requintado Au Crocodile e saborear pratos como a terrine de veado e o cheesecake de frutas vermelhas. São de comer rezando..
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